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Fachada de loja, a sua é atrativa?

Especialistas apontam os erros e acertos na comunicação externa das empresas.

Mariana Machado

De nada adianta ter um vasto mix de produtos e funcionários bem treinados se a fachada da sua loja não consegue atrair clientes. Seja por excesso de informação ou falta de identidade – problema bem recorrente nas empresas – o estabelecimento não pode deixar de ser notado pelos consumidores. Artifícios e ferramentas para tornar uma fachada funcional, eficiente e que mostre a personalidade e potencial da loja não faltam no mercado. E o mais importante, garantem especialistas, é possível fazer tudo isso com pouco investimento.

Quem você quer atingir?
Segundo Flávio Radamarker, sócio-diretor da Arquitetar Arquitetura de Varejo, esta é a primeira pergunta que deve ser feita quando se pensa na elaboração da comunicação externa de uma loja. O especialista ressalta que toda loja tem poucos segundos para prender a atenção do cliente, principalmente em centros urbanos mais densos, onde a profusão de letreiros e vitrines é imensa.

“O ideal é determinar qual é o seu público, ou quais são os segmentos que você quer atingir e, a partir daí, apostar em recursos expositores específicos, ou seja, tipos de comunicação que tenham apelo junto àqueles consumidores”, afirma.

Para Cláudio Yoshimura, diretor da Yoshimura Arquitetura de Varejo, muitas vezes o lojista não tem a intenção de ter uma identidade definida e acaba tornando sua empresa irrelevante na vida do consumidor, o que pode ser um erro fatal. “Após definir qual é o seu público, a empresa precisa apresentar sua proposta logo na sua fachada. A logomarca, a vitrine e todos os demais elementos da fachada precisam contar a mesma história através dos materiais e personalidade do design. Existem muitas empresas que alcançaram sucesso e notoriedade não pela exuberância da sua arquitetura, mas pela extrema coerência entre a sua imagem e sua operação, oferecendo forma e conteúdo”.

A vitrine ideal

Considerada um dos elementos fundamentais da comunicação externa de um comércio, a vitrine muitas vezes pode atuar como “vilã”. O lojista deve evitar o excesso de produtos e informações na vitrine, pois caso o cliente tenha todas as informações sobre o mix oferecido e os preços do lado de fora do estabelecimento, os apelos e argumentos para que ele entre na loja tornam-se mínimos.

“Os estímulos e a decisão de compra não podem ser transferidos para o lado de fora da loja”, ressalta Radamarker. O especialista aponta que o papel da vitrine é de passar um recado para o cliente, informando-o que o estabelecimento tem algo de que ele precisa ou despertar nele a intenção de comprar algo que não procura.

Outra dica é procurar agrupar produtos por famílias, categorias, tamanhos e outras características comuns. A iluminação da vitrine é outro ponto decisivo. Vitrines sem vibração ou escuras reduzem a captura da atenção e não estimulam vendas.

A interação dos outros elementos

Em uma fachada, todos os elementos, tais como vitrine, letreiro e outras informações relevantes, devem ser complementares, fortalecendo a identidade da loja.

Segundo Radamarker, o nome da empresa é fundamental e tem que estar exposto de forma clara e sem interferências, normalmente causadas por marcas de fornecedores. As promoções também devem ser comunicadas em local de boa visibilidade, mas em quantidades equilibradas com o tamanho da vitrine da loja.

Já para as lojas que oferecem serviços, o especialista alerta para que na hora da exposição, eles não sejam confundidos com as promoções. “Os serviços fazem parte do mix da loja, e, o ideal é que não fiquem em placas ou cartazes de forma precária. Eles podem ser comunicados com recursos integrados aos letreiros ou vitrines, desta forma a empresa pode ser reconhecida como referencial para estes serviços”.

Hoje, além do nome, da logomarca – item que reforça a imagem da loja – e do telefone, os contatos eletrônicos (e-mail e site) também devem constar na fachada, principalmente quando o público-alvo é corporativo.

“Também é importante informar os dados de contatos quando a fachada está voltada para uma via de alto tráfego onde há uma grande quantidade de possíveis consumidores que não têm o hábito de estacionar ou não há vagas próximas”, explica Cláudio Yoshimura.

Manutenção
O lojista deve programar uma manutenção periódica da sua fachada, assim como faz com equipamentos como o ar condicionado, o que inclui revisões e correções de materiais de acabamento quebrados ou trincados, pintura queimada ou sem vida, o estado da drenagem da marquise, lâmpadas queimadas, de modo que o visual externo da loja esteja sempre revitalizado.

“Nenhum ambiente será agradável e atraente se não parecer ou estiver limpo. A manutenção é fundamental para a fachada, que é a primeira impressão que o cliente tem da loja”, afirma Cláudio Yoshimura.

Soluções em conta
Uma prática comum para financiar reformas em fachadas, de acordo com Flávio Radamarker, são as parcerias com fornecedores e fabricantes. “Além de negociar mobiliários e displays internos para a loja, a exibição de marcas e logos destes parceiros na fachada – com custeamento parcial ou total das despesas da reforma – é uma alternativa bem viável, mas que deve ser feita com atenção para que a empresa não tenha a visualização do seu nome prejudicada”.

fonte: www.lyderis.com.br

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